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Grupo Especial das escolas de samba encerra os desfiles do Carnaval de Vitória

Muitas cores, glamour e sofisticação marcaram o encerramento dos desfiles do Carnaval de Vitória 2022, entre a noite de sábado (9) e o início de manhã de domingo (10). As agremiações investiram em fantasias com muitos adereços, brilho e as alegorias levaram para a avenida do Sambão do Povo histórias emocionantes, contadas de forma lúdica, alegre e com riqueza de detalhes.

Arquibancadas e camarotes ficaram lotados durante os desfiles. (FOTO: Semgov/PMV)
As escolas deram um show de criatividade e originalidade, com carros alegóricos bem acabados e luxuosos, componentes super animados e baterias fora de série. Ver as arquibancadas do Sambão do Povo lotadas e os camarotes da passarela do samba "fervendo" de gente deu o tom de uma festa que vai entrar para a história.

Unidos de Jucutuquara
A primeira escola a entrar na avenida do Sambão do Povo foi a Unidos de Jucutuquara. Nas cores verde, vermelho e branco, a escola abriu o último dia dos desfiles resgatando a memória afetiva do público presente, contando a história e o cotidiano de um dos bairros mais antigos de Vitória com elementos representando a construção da "Nação Jucutuquara".

A escola levou a história do bairro para a avenida e elevou esse "contar a história" com alegorias grandiosas, fantasias luxuosas e alas exuberantes, mostrando tradições do seu território conectadas à emoldurada natureza e os relicários de quem viveu e vive Jucutuquara.

Imperatriz do Forte
A Imperatriz do Forte esperou o sinal verde e desfilou com muito glamour na avenida oficial do Carnaval de Vitória. A segunda escola do Grupo Especial a entrar no Sambão do Povo, trouxe o enredo "Em busca do 10" com 1.200 componentes divididos em 15 alas, três carros alegóricos e um tripé. A agremiação mostrou a importância dos números para a humanidade: desde as origens até o sonho do desejado 10 para a conquista do título de campeã.

Novo Império
Terceira escola a desfilar na madrugada deste domingo (10), a Novo Império fez o público todo vibrar trazendo o enredo "Santo Antônio, Olhai Por Nós". A escola fez uma apresentação empolgante e levantou os foliões. Sob o comando do carnavalesco Paulo Balbino, em seu primeiro ano na agremiação, os limites superados pra esse desfile foram grandes. As fantasias dos músicos representavam o voto de pobreza, tendo os trajes rasgados e a coroa de espinhos, lembrando o flagelo de Jesus Cristo.

Independente de Boa Vista
Atual campeã do Carnaval de Vitória, a Independente de Boa Vista, foi a quarta escola a desfilar no Sambão do Povo. O enredo deste ano é "O pássaro de fogo traz a boa nova: É tempo de amar", que retrata a lenda indígena das formações rochosas Mochuara, que fica na cidade sede da escola, Cariacica, e Mestre Álvaro na Serra com 1.300 componentes distribuídos em três alegorias, 2 tripés e 19 alas.

A lenda retrata uma bela história de amor da princesa indígena Jaciara e do jovem guerreiro Guaraci. E é lúdica a evolução de Cariacica, berço da agremiação Boa Vista. A descoberta do romance do amor entre os jovens foi retratada de maneira sensível pelos foliões da Boa Vista, as alas representando a destruição do feitiço que os transformou em pedras, os bons espíritos que os protegem e as trocas de juras de amor eterno.

MUG
Quinta escola a desfilar neste domingo (10), a Mocidade Unida da Glória (MUG) chegou ao Sambão com luxo e potência abrindo baús, caixas e gavetas para trazer de volta objetos que acompanham as pessoas e se tornam importantes amuletos: os bonecos.

O exuberante abre-alas da escola entrou na avenida ilustrando o mito da criação, representando uma fábrica de bonecos que é puxada por leões, símbolo da agremiação, remetendo às antigas caravanas e guiadas pelo Gepeto. A alegoria denominada "A Casa de Bonecas", encantou o público ao brincar com diversas gerações, trazendo na alegoria referências infantis: Barbie e Ken, Playmobil e os personagens do filme Toy Story: Buzz Lightyear, Woddy e a boneca Jessie.

O tripé de encerramento do desfile veio trazendo Nossa Senhora da Penha, padroeira do Espírito Santo. Principal amuleto de fé capixaba, a imagem de Nossa Senhora mora em Vila Velha desde 1569. Sua imagem recebe, há quase 500 anos, sonhos e pedidos de milhares de capixabas, brasileiros e fiéis de diversas partes do mundo. A MUG, que cantou "Se minha vida é paz e fé, oh! Minha Penha, seja como Deus quiser!", pediu a bênção para o povo do samba.

Unidos da Piedade
Escola de samba mais antiga do Carnaval de Vitória, a Unidos da Piedade foi a sexta escola do Grupo Especial a desfilar na madrugada deste domingo (10), cheia de brilho e elegância da realeza africana. A agremiação levou para avenida do Sambão do Povo o enredo "Da riqueza do café, sua força e majestade", com 1.500 componentes, três carros alegóricos e 16 alas.

O compositor do samba-enredo, Jorge Caribé, explicou a motivação da escola para falar da bebida mais consumida do Brasil, o café, que é um produto importante para a economia do país e que compõe a mesa de muitos capixabas. A comissão de frente foi composta por 12 pessoas, coreografias que remetem à chegada do café ao Brasil, composta, também, baú e tapetes.

Andaraí
Fundada em 1946, a escola de samba Andaraí, respeitando a tradição, estampa as cores verde e rosa em suas alegorias e adereços, juntamente com o seu brasão representado por uma coroa sobre uma serpente e um surdo.

Em homenagem à Santa Martha, a Andaraí compartilhou na avenida histórias e lendas sobre a comunidade do bairro. O enredo "Mulembá" estava na ponta da língua de todos os integrantes, que entraram no Sambão levantando à todos que ficaram até o último momento pra assistir a escola.

Um dos destaques do desfile foi a dupla Weskley Blank e Alana Marques, 1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira que brilharam na avenida cheios de simpatia e com uma coreografia impecável. A verde e rosa encerrou os desfiles se despedindo dos foliões e deixando um gostinho de "quero mais" para o próximo ano.

Com informações da Prefeitura de Vitória

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