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Palácio Anchieta: 468 anos de história em Vitória

Um marco do patrimônio histórico e cultural capixaba, o Palácio Anchieta completa nesta quinta-feira (25), 468 anos da inauguração das suas dependências originais. 

A trajetória do Palácio começou em 1551, por obra do missionário jesuíta Afonso Brás, que ali construiu a Igreja de São Tiago.


Fachada do Palácio Anchieta, em Vitória, que completa 468 anos. (FOTO: Thiago Guimarães/Secom)
Em 1570, um incêndio destrói a primeira sede da igreja de São Tiago. Mobilizados pelo padre Inácio de Tolosa, missionários em agradecimento à acolhida após um naufrágio na foz do Rio Doce iniciaram a construção de uma nova sede para a Igreja de São Tiago, agora em pedra, no mesmo local da anterior, depois da perfuração de um poço de 8 metros atrás da igreja.

A Casa de São Tiago, sob a forma de colégio e seminário, foi por mais de duzentos anos o farol da educação na província do Espírito Santo. Em 1587, o padre José de Anchieta conclui a primeira ala do Colégio Jesuíta erguido no local. Nos anos de 1707, 1734 e 1747 os demais espaços são construídos, formando o quadrilátero que marca a arquitetura. 

Em 1860, o palácio passa por obras de reforma e recebe o imperador Dom Pedro II e a imperatriz Dona Teresa Cristina Maria. Suas majestades permanecem no estado durante 15 dias.

No Governo de Jerônimo Monteiro, que assume em 1908, há um amplo trabalho de reconstrução, que modificou as características coloniais, sob a supervisão do engenheiro francês Justin Nobert.

A igreja de São Tiago foi comprada do Bispado em 23 de novembro de 1911 e anexada ao prédio do palácio, antigo espaço utilizado como casa e colégio. A torre da direita foi demolida na primeira grande reforma e a segunda em 1919, no governo de Bernardino Monteiro.


Reforma do Palácio Anchieta em registro de 05 de fevereiro de 1911. (FOTO: Coleção Jerônimo Monteiro).
No mês de junho de 1945 o então governador, Jones dos Santos Neves, publica o decreto nº 15.888, que denomina o antigo Palácio do Governo, como Palácio Anchieta, em homenagem ao aniversário de morte do padre jesuíta. Em 1983, o edifício foi Tombado pelo Conselho Estadual de Cultura e em 2004, iniciou-se a primeira grande obra de restauro que só foi concluída em 2009.

Visitação
Aos visitantes, além da história capixaba, os acervos arqueológicos e pinturas podem ser contemplados em visitas durante a semana. Já aos sábados e domingos, os salões do Palácio Anchieta são abertos ao público, incluindo o Salão do Governador. As visitas acontecem de terça a sexta-feira, das 09 às 17h, e sábados e domingos, das 09 às 16h.

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