Pular para o conteúdo principal

Documentário sobre a banda Jazz Está Cruel, fundada nos anos 1920, tem pré-estreia em Afonso Cláudio

Fundada em Afonso Cláudio na segunda metade dos anos 1920, a banda Jazz Está Cruel contava com sete músicos e foi criada para se apresentar no clube do advogado Álvaro Castelo – que chegou àquele município em 1925. O nome do grupo remete à crise vivenciada à época e aos poucos recursos que havia na cidade.

Uma das mais antigas bandas do gênero no Espírito Santo, a Jazz Está Cruel tem sua história resgatada em um documentário homônimo, realizado com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura), da Secretaria de Estado da Cultura (Secult-ES).

A banda Jazz Está Cruel surgiu para se apresentar em um clube de Afonso Cláudio. (FOTO: Divulgação)
Com direção de Jhoatan Siqueira, o filme tem pré-estreia nesta terça-feira (12), às 19 horas, no Centro Cultural José Ribeiro Tristão, no Centro de Afonso Cláudio.

O lançamento é parte de uma série que envolve outros três projetos – Coral Infantil das Montanhas, Cineclube das Montanhas e 1ª Mostra Interiorana das Montanhas –, todos idealizados pelo músico, maestro, professor e produtor Marcelo Dutra, sendo realizados em parceria com o Instituto Cultural das Montanhas.

“Analisando a história cultural do nosso município, descobrimos que ele foi berço de muitas tradições culturais e precursor do jazz no Estado, contando com bandas de notório conhecimento, como a Jazz Está Cruel e a Jazz Glória”, afirma Marcelo Dutra.

Ele acrescenta que, hoje, o município tem a quase centenária Banda Musical São Sebastião, na qual atua também como professor e regente.

Moradora de Afonso Cláudio, Stella Haddad, de 105 anos, recorda-se dos tempos em que a banda Jazz Está Cruel estava em atividade. “Aos domingos, na cidade, aconteciam os cortejos com a banda. Muitos jovens da época acompanhavam os músicos, prestigiando e tocando junto”, conta.

O grupo era formado por Zezito Haddad (saxofone), João Sá Santos (trombone), Pedro Cristo (banjo), Nozinho Barros (bateria), Amaury Sá (pandeiro), Silvio Barros (banjo) e José Nilzo Lima (trompete).

Instituto
Os projetos mantidos pelo Instituto Cultural das Montanhas atendem cerca de 200 crianças, adolescentes e jovens, com formações voltadas às áreas de musicalização, corais, cineclube, camerata de violões e uma big band de jazz.

Além disso, o instituto está montando sua própria biblioteca, com obras de referência em música – o acervo hoje reúne 26 livros de teoria e métodos musicais, para livre acesso aos alunos do instituto.

Além disso, são realizadas apresentações em espaços da cidade, como a Associação Pró-Casa do Menino e a Sociedade Civil de Amparo à Velhice, além de locais públicos, a convite da população e da Prefeitura Municipal de Afonso Cláudio.

O projeto promove ainda ações na escola agrícula, em parceria com a prefeitura e o produtor cultural Paulo Falqueto – este responsável pela organização do 1º Festival de Choro e Jazz da cidade, em 2016.

Entidade sociocultural sem fins lucrativos, o Instituto Cultural das Montanhas tem como objetivo atender crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos, além de pessoas com deficiência ou em situação de vulnerabilidade social, sempre por meio de programas assistenciais com base na solidariedade, a partir de atividades com finalidade pública, cultural e social.

Serviço
Pré-estreia do documentário “Jazz Está Cruel”, com direção de Jhoatan Siqueira, e lançamento do Projeto Manutenção do ensino musical gratuito para crianças, adolescentes e jovens da Escola Municipal Agrícola, através do Instituto Cultural das Montanhas
Data e horário: 12/mar (terça-feira), às 19h
Local: Centro Cultural José Ribeiro Tristão - Av. Roberto Holunder, 774-1126, Campo Vinte, Afonso Cláudio
Entrada: Gratuita

Comentários

Mais lidas

Com atrações capixabas e de seis países, Santa Jazz está confirmado para junho

Linha do tempo da Chocolates Garoto

Criolo (SP), Marina Sena (MG) e Dudu MC confirmados no line-up do Festival MC