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A primeira noite de desfiles do Carnaval de Vitória no Sambão do Povo

Sete escolas se apresentaram na passarela do samba do Carnaval de Vitória 2023, na primeira noite de desfiles, pelo Grupo A. Com muita garra e animação, elas levaram para o Sambão do Povo enredos celebrando o amor, a cultura negra, a voz do morro, mulheres e as emoções humanas.

Desfile da Independentes de São Torquato. (FOTO: Gustavo Andrade/OMMC)
Imperatriz do Forte
A Imperatriz do Forte foi primeira escola a desfilar e levou para a avenida a história de Benedito Meia-Légua, símbolo da luta negra no Vale do Cricaré e nos sertões de São Mateus e Conceição da Barra, no Norte do Espírito Santo.

À frente da bateria, a rainha Patrícia Telles surpreendeu com um figurino em pedraria da cabeça aos pés. A agremiação desfilou com 1.200 componentes, divididos em 15 alas e dois carros alegóricos, e seus primeiros integrantes entraram com quase 10 minutos de atraso, o que resultou em um desfile mais "corrido" para as outras alas. 

Carro da Imperatriz do Forte. (FOTO: Gustavo Andrade/OMMC)
Império de Fátima
Com uma explosão de alegria e cores, a Império de Fátima foi a segunda escola a entrar na avenida e sacudiu o público presente no Sambão do Povo com seu enredo "Não dá mais pra segurar, explode coração!".

A agremiação, que teve Sindy Lopes à frente da bateria, retratou as emoções humanas, desde o amor e a alegria, até ganância e ódio. Uma das surpresas da noite foi um carro alegórico, que abordou o meio ambiente, o garimpo e os indígenas.

Império de Fátima durante desfile. (FOTO: Gustavo Andrade/OMMC)
Pega no Samba
Terceira escola a desfilar, a Pega no Samba levou para a avenida a cultura da favela. O samba-enredo “Era Só Mais um Cria” contagiou o público presente nas primeira horas da madrugada deste sábado (11).

Ao todo, 900 componentes desfilaram pela agremiação, que carrega as cores azul, vermelho e branco, e já impressionou os foliões logo no início, com uma comissão de frente formada por todos os orixás. Eduarda Lima foi a rainha de bateria.

Outro destaque do desfile foi a homenagem da ativista Deborah Sabará aos jovens Pedro Henrique Crizanto, morto durante um ensaio técnico no Sambão do Povo, e Damião, assassinado na Piedade.

Além de representar a comunidade no penúltimo carro, ela também transmitiu uma mensagem importante: "vidas negras importam". 

Pega no Samba levou cultura da favela para a passarela. (FOTO: Gustavo Andrade/OMMC)
Independentes de São Torquato
As mulheres foram homenageadas pela Independentes de São Torquato, através da toada capixaba Madalena, com o samba-enredo “Madalena, Muito Mais que um Bem Querer”.

A escola desfilou com 1.000 componentes e apresentou a representação de lugares conquistados pelas mulheres. A agremiação entrou na avenida ´`às 2h20 com muito brilho, animação e animação.

E para esta ano, uma surpresa na bateria, que teve Keyciane Rondnitzky como rainha: um grupo de congo fez parte da festa, que colocou todo mundo da avenida para sambar.

A São Torquato apresentou enredo em homenagem a Madalena. (FOTO: Gustavo Andrade/OMMC)
Chega Mais
Quinta agremiação a desfilar na avenida, a Chega Mais focou o samba na força pulsante da cultura produzida nas favelas e nas comunidades periféricas. 

A escola exaltou as favelas com o enredo "No Alto do Morro, no Topo do Mundo! Dai ao Quadro O Que é Da Arte". À frente da bateria, Patrícia Cruz brilhou mostrando samba no pé e muita empolgação.

Os 900 componentes, distribuídos em 18 alas, 3 alegorias e 1 tripé, narraram na avenida toda a arte que nasce na favela, mais especificamente no Morro do Quadro, em Vitória, distribuído entre ruas, vielas e becos.

O desfile ainda contou com a participação de artistas e projetos culturais, desenvolvidos nas comunidades periféricas, contribuindo para que jovens não sejam atraídos pela criminalidade.

Desfile da Chega Mais. (FOTO: Gustavo Andrade/OMMC)
Mocidade da Praia
A Mocidade da Praia entrou na passarela do Sambão do Povo quando o dia já dava o ar da graça. A agremiação celebrou a história da Praia do Canto fazendo referência a uma história de amor entre o pescador Dondon e Dona Neném, sem esquecer do mar, tão presente em seu passado. 

O enredo "Meu canto e seus encantos: o mar, batucadas e flores, a Mocidade e todos os amores..." foi defendido por um samba empolgante, que levantou quem ainda estava nas arquibancadas e camarotes.

A escola desfilou com 900 componentes, distribuídos em 15 alas e 5 alegorias. A agremiação usou e abusou do azul, do verde e do branco remetendo ao mar. Na comissão de frente, São Pedro iniciava o cortejo acompanhado de uma mulher indígena. 

A bateria surpreendeu com paradinhas. Ao final do desfile, os foliões tiveram que se apressar para não correr o risco da escola sofrer com atrasos. Ela saiu da avenida com 54 minutos e 49 segundos de desfile.

Mocidade da Praia desfilou ao raiar do dia. (FOTO: Divulgação/PMV)
Unidos de Barreiros
Fechando a primeira noite de desfiles no Sambão do Povo, a Unidos de Barreiros, abordou a cultura negra passando longe de estereótipos. 

A escola de São Cristóvão, entrou no Sambão do Povo, com o dia raiando. O enredo relembrou a trajetória dos povos africanos e sua influência na história do Brasil dando ênfase ao empoderamento da raça negra.

A escola exaltou o rico passado das civilizações africanas que deram origem à história do mundo já que a África é considerada o berço da humanidade. A bateria, que teve Taty Anna Neves, cria da comunidade, como rainha, veio caracterizada do bloco Filhos de Gandhy e, em alguns momentos, mesclou samba com o ritmo do afoxé.

Unidos de Barreiros encerrou os desfiles do Grupo A. (FOTO: Divulgação/PMV)

Com informações da Prefeitura de Vitória

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