Carnaval de Vitória: Imperatriz do Forte levou cultura, história e arte de raízes africanas para a avenida
De volta ao Grupo Especial, a escola que conquistou o título de campeã do grupo de acesso em 2024, Imperatriz do Forte, levou para a avenida a cultura e a história do povo de Luanda. Com o enredo "Só quem sabe onde é Luanda, saberá lhe dar valor", a escola falou sobre a jornada pelas raízes africanas.
A verde e rosa apresentou ao público a memória dos saberes africanos que atravessaram o Atlântico, preservados nas senzalas e quilombos. A escola exaltou como esses conhecimentos, muitas vezes ignorados, se tornaram fontes de resistência.
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Imperatriz do Forte voltou ao Grupo Especial neste ano. (FOTO: Marcos Salles/Prefeitura de Vitória) |
"A expectativa da escola é seguir sendo um grupo especial. Este ano, viemos com tudo, investindo em todos os aspectos para manter essa posição de destaque. Desenvolvemos uma coreografia que traz uma brincadeira envolvendo animais e a realeza de Angola. Somos descendentes não apenas de escravos, mas também de reis e rainhas", disse o coreógrafo Patrick.
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Desfile terminou já na manhã deste domingo (23), com sol. (FOTO: Marcos Salles/Prefeitura de Vitória) |
A Imperatriz do Forte fecha o desfile com a potência do Kalunga, a força ancestral que resiste ao estigma histórico imposto pelas ideologias coloniais. A escola exalta a importância do afrofuturismo, que mistura o passado ancestral com soluções contemporâneas para os problemas da população negra.
De Luanda ao Harlem, de Salvador a Moçambique, a Imperatriz celebrou as novas gerações que, com coragem e criatividade, renovam e amplificam os saberes africanos, dando novos significados à história e aos sonhos de liberdade.
Confira outros registros da Imperatriz do Forte:
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