Pular para o conteúdo principal

Museu Homero Massena guarda a história do grande artista em Vila Velha

Em uma casa de esquina, na Quadra 148, nº 175, no Parque da Prainha, viveu, por 23 anos, o artista Homero Massena. O local onde morou e fez as melhores pinturas de sua vida é hoje o Museu Homero Massena. A casa foi tombada no final da década de 80, é um dos maiores patrimônios históricos de Vila Velha, e conserva as obras e a história de vida do artista. O museu é um tradicional cartão postal da cidade, é aberto à visitação e funciona de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas, e aos sábados, das 10 às 16 horas.

Museu Homero Massena fica na casa onde o artista viveu na Prainha, em Vila Velha. (FOTO: Eduardo Ribeiro/PMVV)
Homero Gabirobetz Massena nasceu na cidade de Barbacena, em Minas Gerais, no dia 4 de março de 1884 e chegou a Vila Velha com apenas seis meses de vida. Aos 15 anos ele descobriu a vocação artística e frequentou os cursos de pintura, urbanismo e decoração na Escola Nacional de Belas- Artes do Rio de Janeiro (RJ) e de Minas Gerais (MG). O artista também estudou na Europa, na Academia Julien, em Paris.

Por pressão do pai, formou-se em Odontologia, profissão que exerceu por dois anos. Foi jornalista e redator de A Batalha, O País, Jornal do Comércio e A Tarde. O artista, que trouxe a técnica de uma pintura mais elaborada para o Estado, é o maior nome e referência para os artistas capixabas. Massena tinha um amor declarado por Vila Velha e dizia que “para se viver bem, tem que ser em Paris ou em Vila Velha”, deixando bem clara sua paixão pelo município.

Amor e arte
O artista tinha na natureza sua fonte de inspiração e a maior obra-prima do pintor é o quadro “Solidão”, que hoje se encontra nas paredes do Palácio Anchieta. O artista utilizava em suas obras uma riqueza de texturas e transparências, levando com suas pinceladas um realismo às obras, criando vida em seus quadros.

Além das diversas obras, escreveu dois livros: “Miracema” e “Atribulações de um Capixaba”. É de Homero Massena a pintura do teto do Teatro Carlos Gomes. Durante sua vida de pintor, foi premiado com 28 medalhas, além de diplomas e outros prêmios.

Foi casado com Cecília Massena e teve três filhos. Casou-se novamente com a gaúcha Adelina Massena, conhecida como Edy, com quem viveu até seus últimos dias. Homero Massena faleceu em 1979, aos 89 anos.


Homero Massena com sua esposa, Dona Edy. (FOTO: Reprodução/MorroDoMoreno.com.br)
Uma viagem ao universo de Massena
Na casa em que morou com a esposa Edy, o visitante pode conhecer um pouco mais do que foi o dia a dia de Massena. Livros, pincéis e um quadro não acabado permanecem intocáveis, deixando a vista os últimos passos do pintor. Varanda, sala, ateliê, dois quartos, banheiro e cozinha compõem a construção, típica de beira de praia das décadas de 40 e 50. Pinturas em todos cômodos e objetos pessoais remetem a criatividade do artista, que gostava de pintar nas rachaduras, dando um toque único e especial às paredes da casa.

Kleber Galvêas, artista e amigo pessoal do pintor, definiu Massena como um homem talentoso, espirituoso e único, dizendo que uma visita ao museu leva o visitante a conhecer um pouco mais do artista que amava Vila Velha.

Comentários

Mais lidas

Músicos capixabas em show com talentoso violonista carioca em Vitória

Santa Teresa se prepara para um 2024 histórico: 150 anos de imigração italiana no Brasil

Toponímias capixabas de origem indígena