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Livro sobre índios botocudos é lançado em Vitória

O Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo (IHGES) lançará em sua sede, na próxima quarta-feira (13), o livro Índios Botocudos do Espírito Santo no século XIX. A obra de Paul Ehrenreich - destacado antropólogo alemão que estudou medicina e história natural - tem organização e notas de Júlio Bentivoglio, associado e professor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES); inclui fotos de Walter Garbe; e tradução de Sara Baldus.

O lançamento ocorrerá à partir de 17h00 e será precedido de uma palestra do organizador do livro. A sede do IHGES fica na Avenida República, 374, Centro de Vitória.

Livro sobre índios botocudos será lançado nesta quarta-feira (13) na sede do IHGES, em Vitória. (FOTO: Divulgação/APEES)
O livro
O livro apresenta um dos primeiros e mais completos relatos sobre os índios botocudos que habitavam o Norte do Estado. O texto foi publicado originalmente em 1887 na Revista de Etnologia, da Sociedade Berlinense de Antropologia, Etnologia e História Primitiva. Trata-se de um estudo que apresenta rigor descritivo e analítico e traz, além da escrita sobre os hábitos e costumes, imagens ilustrativas que permitem visualizar o cotidiano dos indígenas.

O autor começou suas pesquisas de campo no Brasil em 1884, quando analisou os índios do Rio Doce. Retornou ao país entre os anos de 1886 a 1888. Passou pelas províncias do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Amazonas, Mato Grosso e Goiás, nas quais percorreu rios e matas em arriscadas expedições. Nelas empreendeu a descrição etnológica e dos aspectos físicos e morfológicos.

A narrativa está situada entre o relato de viagem e o artigo de divulgação científica e permite conhecer melhor os botocudos e também a visão que se tinha sobre eles, tendo em vista a percepção das relações sociais e de diferenças culturais que permeiam as observações. Representante do interesse europeu pelos indígenas e pela natureza do Brasil, Ehrenreich realizou um estudo minucioso e se insere no conjunto de relatos de viagens produzidos na época, que despertavam o interesse dos leitores estrangeiros pela descrição das características naturais e dos povos indígenas.

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