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Duo Ogó faz show de pré-lançamento do seu primeiro álbum

Em atividade desde 2019, o Ogó realiza o show de pré-lançamento do seu primeiro álbum nesta quarta-feira (30), às 19h30, no Museu Capixaba do Negro Verônica da Pas (Mucane), em Vitória.

Com entrada franca, a apresentação vai girar em torno do tema “Masculinidades e Negritudes”, seguindo a mesma linha do cineclube lançado pelos músicos na última sexta, no Espaço Thelema.

Gessé Paixão e Vitor Martins formam o duo Ogó. (FOTOS: Marcella Neitzel)
Ambas as iniciativas refletem o campo de atuação do Ogó, que se inspira na ancestralidade africana, na estética futurista e na poesia falada e cantada para expressar a sua arte. O próprio nome do grupo remete às divindades afro-brasileiras.

De acordo com Gessé Paixão, Ogó, na cosmologia dos povos iorubá, representa o amuleto que Exu, o Orixá da comunicação, carrega nas mãos.

“Ogó tem forma fálica e está associado à fertilidade da vida. Representa a criação e a passagem, o trânsito inventivo pelos espaços e lugares. É a representação do movimento para promoção do acesso aos espaços”, conceitua.

Os integrantes do Ogó têm funções bem definidas. No palco, o trio atua como um duo, no qual os músicos Vitor Martins e Gessé Paixão intencionam apresentar um espaço de sensibilização para sentir e pensar o que são e como existem as masculinidades negras no contexto brasileiro.

Gessé Paixão é responsável pelas letras e composições, além das vozes, trompete, flugelhorn, pandeiros, handpan, agogô, caxixis e arranjos.

Vitor Martins faz as composições e assina o set de percussão, que inclui handpan, didgeridoo, cajon, tigelas tibetanas, efeitos percussivos e arranjos. Já Douglas Bonella atua nos bastidores, cuidando da fotografia, design, exibição audiovisual e produção executiva.

O projeto foi selecionado pelo Edital 026/2020 - Seleção de Projetos Culturais de Produção, Difusão e Distribuição Musical no Estado do Espírito Santo - da Secretaria de Estado da Cultura (Secult-ES).

O show
O repertório do show desta quarta vai contemplar as seis faixas do EP (extended-play) OgóOgó, Canto à Nanã (As Paneleiras), Capitão do Mato, Mangará, Preto Pensa e Afrofuturo Negro, acompanhadas de videomapping e exposição de fotos.

O disco foi gravado no Gama Soundz Studio, em Vitória, com produção de Thiago Perovano e engenharia de gravação de Felipe Gama. As gravações serão disponibilizadas em breve nas plataformas digitais.

Musicalmente, o trabalho transita pelos sons das tradições populares, pretas e caboclas da música brasileira, sobretudo aquelas de terras nordestinas.

Há, também, a aproximação com a linguagem pop, com a presença do tradicional pandeiro de choro (aqui amodernado) e do trompete, por meio dos quais os músicos percorrem ritmos como coco, baião, ijexá, barravento, maracatu, samba e rap.

Em meio a essa constelação sonora, há espaço para uma estética ufológica e também para instrumentos associados ao contexto espiritual e terapêutico. Nesse sentido, brilha o handpan, instrumento melódico-harmônico de percussão que tem como característica o timbre exótico, metálico, doce e repleto de harmônicos.

Serviço
Show de pré-lançamento do álbum “Ogó”
Apresentação do duo OGÓ 
Data: 30/nov (quarta-feira), às 19h30
Local: Museu Capixaba do Negro Verônica da Pas (Mucane) - Av. República, 121, Centro, Vitória
Entrada: Gratuita

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