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Por que o Dia da Moqueca Capixaba é comemorado no dia 30 de setembro?

O Dia da Moqueca Capixaba é comemorado nesta terça-feira (30).  A iguaria capixaba pode ser encontrada facilmente nos estabelecimentos gastronômicos situados nas orlas do Espírito Santo.

A data escolhida, 30 de setembro, é o dia do nascimento do autor de uma citação conhecida pelo Brasil: “Moqueca é capixaba, o resto é peixada”. 

A frase de Cacau Monjardim - jornalista, escritor e empresário, que morreu aos 93 anos no dia 18 de outubro de 2022 - teve origem em uma viagem ao estado da Bahia, quando provou e avaliou o gosto da iguaria do estado vizinho. Cacau não poupou esforços ao elogiar o prato capixaba em relação ao baiano.

A moqueca é preparada tradicionalmente na panela de barro. (FOTO: Tadeu Bianconi/Governo do Estado)
O dia da moqueca capixaba foi instituído ao calendário da cidade de Vitória em 2012, por meio da Lei Municipal N° 8.813. Outra lei, na esfera estadual, institui a moqueca capixaba como comida típica do Estado do Espírito Santo, a Lei Estadual N° 7.567 de 2003.

Moqueca capixaba
A moqueca é um dos ícones do Espírito Santo. Conhecida pelo seu sabor inigualável, o prato é uma instituição essencialmente capixaba. 

O nome "moqueca" designa um estilo de preparar o alimento que consiste no cozimento sem água, apenas com os vegetais e frutos do mar e, ao contrário da moqueca baiana, a capixaba não recebe azeite de dendê e nem leite de coco.

A moqueca capixaba é feita na panela de barro, outro ícone capixaba. A panela de barro também já é reconhecida como Patrimônio Imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O prato é uma tradição trazida pelos índios há mais de 400 anos e, segundo chefs renomados, a receita atende aos quatro padrões que a gastronomia preza em um prato de qualidade: sabor, cor, perfume e consistência.

Cacau Monjardim morreu ao 93 anos em 2022. (FOTO: Reprodução/Facebook)
RECEITA
Moqueca Capixaba (6 porções)
Ingredientes
2 kg de peixe (badejo, robalo, dourado, cação, garoupa)
2 maços de coentro fresco picado
400g de cebola branca picada em cubos
600g de tomates picados em cubos
20g de alho picado
50 ml de azeite de oliva
30 ml de tintura de urucum/colorau a gosto (sementes de urucum aquecidas com óleo de milho)
Sal, pimenta-do-reino e limão

Preparo
Limpe o peixe, corte-o em postas e deixe-o em um recipiente com sal e suco de limão por 30 minutos. Reserve a cabeça para o pirão
Numa panela de barro capixaba refogue no azeite, o alho e metade da cebola, do tomate e do coentro.
Arrume as postas de peixe em cima fazendo uma só camada.
Vire-as de um lado e do outro para pegarem um pouco deste tempero
Cubra com o restante da cebola, tomates e coentro.
Regue com a tintura de urucum e  com um pouco mais de azeite.
Deixe cozinhar, tampada, em fogo alto e quando abrir fervura coloque umas gotas de limão. Não acrescente água ou vire as postas para não quebrá-las.
Com auxílio de luvas ou um pano grosso balance a panela algumas vezes para evitar que a moqueca agarre no fundo.
Quando o peixe estiver cozido, verifique o tempero e sirva salpicada de cebolinha verde.
Sirva com arroz branco e um pirão feito com a cabeça do peixe.

Pirão
Cozinhe a cabeça do peixe na água e com os mesmos ingredientes da moqueca até quase desmanchar.
Retire a cabeça, desfie a carne e elimine os ossos.
Peneire o caldo, tempere-o e junte a carne desfiada.
Acrescente a farinha de mandioca crua em fogo baixo, mexendo sempre para não empelotar e o suficiente para atingir uma consistência média.

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