As diferentes inquietações e histórias do rap capixaba, sob as mãos de Fredone Fone, originaram o livro Rap: A Força da Fala, que teve lançamento na última sexta-feira (29), na Biblioteca Pública do Espírito Santo (BPES), na Enseada do Suá, em Vitória.
O evento contou com a presença do Secretário de Estado da Cultura, João Gualberto Vasconcellos, da equipe da Secult, e da diretora da BPES, Ana Maria da Silva.
Para deixar o encontro ainda mais especial, foram convidados os MC's do Projeto Boca a Boca, DJ Jack, as projeções de Pixxfluxx, Mano Feijó, Chock1993, Space MC e os grupos R.U.A e Outra Dimensão.
O livro é uma coletânea de mais de 150 composições de rappers e MCs do Espírito Santo, escritas entre os anos de 1987 e 2010. Tendo em vista a carência de material sobre a história do hip hop capixaba, o autor procurou levantar, em um processo minucioso de pesquisas, canções que dialogassem com a época em que foram feitas.
Fredone Fone autografa exemplar do livro durante o lançamento na BPES, em Vitória. (FOTO: Reprodução/Facebook/Secult ES) |
O livro é uma coletânea de mais de 150 composições de rappers e MCs do Espírito Santo, escritas entre os anos de 1987 e 2010. Tendo em vista a carência de material sobre a história do hip hop capixaba, o autor procurou levantar, em um processo minucioso de pesquisas, canções que dialogassem com a época em que foram feitas.
Ele explica que o principal objetivo do livro é resguardar a cultura urbana do Estado, destacando o papel do rap nessa construção histórica.
"A coletânea é uma tentativa de expandir, em nível estadual e nacional, o conhecimento sobre as rimas capixabas. Além disso, A Força da Fala dá ao público a oportunidade de identificar as mudanças desse cenário, apresentando diferentes formas de escrever e ler o rap ao longo dos anos", afirmou Fredone Fone.
Para Fredone, as letras coletadas representam, acima de tudo, a luta do hip hop para conquistar um espaço de fala.
Exemplares do livro durante o evento: centenas de composições de músicos capixabas compõem as páginas da publicação. (FOTO: Divulgação) |
"É difícil contabilizar quantas produções ligadas ao rap foram criadas por pessoas que, de fato, fazem parte desse movimento e estão na linha de frente. Sinto muito a falta de estarmos produzindo, como artistas, nossos próprios trabalhos, registros e falando a partir das nossas perspectivas", explicou o autor do livro.
O escritor ainda ressalta que o rap é um dispositivo importante no empoderamento dessas poucas vozes em destaque, negligenciadas por pertencerem majoritariamente às comunidades periféricas e negras do Estado.
O escritor ainda ressalta que o rap é um dispositivo importante no empoderamento dessas poucas vozes em destaque, negligenciadas por pertencerem majoritariamente às comunidades periféricas e negras do Estado.
"Espero que o livro fortaleça o protagonismo dos MCs e dos rappers em relação às suas criações, pois isso amplifica a fala de quem hoje é marginalizado e pode incentivar outras pessoas a produzirem", concluiu Fredone.
O autor
Fredone Fone é rapper do grupo Conteúdo Paralelo e participa do movimento hip hop desde os anos 1990. Iniciou-se como artista com o graffiti. Já participou de diversas exposições, residências artísticas, produção de murais e esteve em festivais por todo o Brasil.
Com informações da Secult ES
O autor
Fredone Fone é rapper do grupo Conteúdo Paralelo e participa do movimento hip hop desde os anos 1990. Iniciou-se como artista com o graffiti. Já participou de diversas exposições, residências artísticas, produção de murais e esteve em festivais por todo o Brasil.
Com informações da Secult ES
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