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Espetáculo “Rubem Braga: A Vida em Voz Alta” inicia turnê com entrada gratuita em Vitória

O espetáculo produzido e protagonizado integralmente por artistas capixabas, Rubem Braga: A Vida em Voz Alta – estrelado pelo experiente ator José Augusto Loureiro, e que dá vida a Rubem Braga, inicia turnê em Vitória.

A temporada será de três meses, de sexta-feira (3) a 14 de janeiro do próximo ano – às 20 horas nas sextas e sábados e às 17 horas nos domingos, sendo que nos domingos haverá presença de intérprete de libras. E o melhor: todas as sessões são gratuitas.

O ator José Augusto Loureiro em cena do espetáculo. (FOTO: Divulgação)
A peça, com texto de Duilio Kuster, direção de Leonardo Magalhães, supervisão de direção de Charles Fricks e direção de produção de Bruna Dornellas e Wesley Telles, tem patrocínio da ArcelorMittal e está sendo realizado com recursos do governo do Estado viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura Capixaba (LICC), da Secretaria de Estado da Cultura (Secult-ES).

O interesse pela realização de tal montagem está ligado ao fato de Rubem Braga ser o escritor capixaba que obteve maior reconhecimento literário em nível nacional, bem como a preocupação inerente dos envolvidos no projeto de se falar da cultura do Estado, pouco conhecida e divulgada para além dos mares daqui.

Além disso, num momento em que o Brasil vive um lamentável período de avanço da desigualdade, do autoritarismo e da intolerância, falar sobre Rubem Braga é também assumir uma posição política contrária a esse quadro desolador.

Seja por meio de suas crônicas, seja pela análise de sua biografia, fica claro que o escritor sempre foi um defensor da liberdade e de condições de vida mais dignas para a população brasileira mais simples.

Sinopse
Tendo por base suas crônicas, poemas e passagens biográficas, o monólogo Rubem Braga: A Vida em Voz Alta apresenta o escritor no seu apartamento – em meio a recordações sobre velhos amigos e amores, a infância no interior, a carreira jornalística e literária e a luta contra o autoritarismo – desenvolvendo o que poderia ser a sua crônica derradeira, ou apenas só mais um trabalho.

Cena do espetáculo que retrata vida do escritor Rubem Braga. (FOTO: Divulgação)
Rubem Braga
Rubem Braga nasceu em Cachoeiro de Itapemirim no dia 12 de janeiro de 1913, em uma família de sete irmãos. Recebeu em casa as primeiras lições, conduzidas pela irmã mais velha. Depois seguiu para Niterói/RJ, entre 1927 e 1928, onde concluiu o curso ginasial.

Em 1929, escreveu suas primeiras crônicas no jornal Correio do Sul, de propriedade de seu pai. Em 1932, formou-se em Direito pela Faculdade de Belo Horizonte. Nesse mesmo ano, iniciou a longa carreira de jornalista com a cobertura da Revolução Constitucionalista de 1932, para um jornal da capital mineira.

Foi também correspondente na Itália durante a II Guerra Mundial, quando cobriu as atividades da Força Expedicionária Brasileira.

Como cronista, escreveu para diversos jornais, mostrando seu estilo irônico, lírico e extremamente bem-humorado. Sabia também ser ácido e escrevia textos duros, defendendo seus pontos de vista. Fazia crítica social, denunciava injustiças e combatia governos autoritários.

Foi preso duas vezes durante o Estado Novo, por suas crônicas contra o regime, é investigado durante a ditadura militar por criticar a liberdade de imprensa e a violência praticada em nome da revolução.

Rubem Braga reuniu suas crônicas em diversos livros. Dentre eles: “O Conde e o Passarinho” (1936), “O Morro do Isolamento” (1944), “Ai de Ti Copacabana” (1960), “A Traição das Elegantes” (1967), “Recado de Primavera” (1984), “Crônicas do Espírito Santo” (1984), “O Verão e as Mulheres” (1986) e “As Boas Coisas da Vida” (1988).

A crônica é definida por Rubem Braga como “essa faculdade de dar um sentido solene e alto às palavras de todo dia”. A formulação se aplica perfeitamente à sua própria obra: desde os seus primeiros textos, ele soube extrair experiências reflexivas universais de fatos cotidianos, fundadas no lirismo.

Nos últimos tempos, publicava suas crônicas, aos sábados, no jornal O Estado de São Paulo. Foram 62 anos de jornalismo e mais de 15 mil crônicas escritas. Rubem faleceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de dezembro de 1990.

Serviço
Espetáculo "Rubem Braga - a Vida em Voz Alta"
Datas: de sexta-feira (3) a 14 de janeiro de 2024, com sessões as sextas, sábados e domingos
Horários: sextas e sábados, às 20 horas, e domingos, às 17 horas, com presença de intérprete de libras
Local: Espaço Má Cia - Rua Professor Baltazar, 152, Centro, Vitória
Entrada: Gratuita (reservas pelo site Sympla)

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