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Cantora Ilus lança o single “Canto Vadio” na plataformas digitais

A cantora, compositora, atriz e escritora Ilus lança o single Canto Vadio nesta sexta-feira (14), nas plataformas digitais. A gravação foi feita no Estúdio de Música da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com o acompanhamento da violonista Cris Bravin.

A cantora e compositora Ilus lançou terceira música de novo álbum. (FOTO: Melina Furlan)
Este é o terceiro single do novo álbum da artista, Natureza Líquida, que será disponibilizado integralmente ao público no próximo dia 28, reunindo nove composições autorais e um poema da cantora. 

Nesta canção, Ilus resgata a latinidade presente na música popular brasileira, marcada pela variedade rítmica dos diversos grupos étnicos que compõem a região.

Além do ritmo potente, a letra e a interpretação de Canto Vadio representam uma porta de entrada para o universo íntimo da compositora, conforme ressaltou o professor doutor em Música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), José Eduardo Costa Silva, em sua análise do álbum.

 “Essa canção fala sobre expectativas frustradas, e sobre como toda reviravolta tem um pouco de morte e um pouco de reinvenção”, revela Ilus. “É uma música surpreendente e divertida, que convida para os próximos lançamentos que virão em breve”, completa a cantora.


A divulgação do álbum Natureza Líquida integra o Projeto TransIlustríssima, selecionado pelo Edital de Produção, Difusão e Distribuição Musical da Secretaria de Estado da Cultura (Secult-ES). 

O trabalho compreende quatro etapas: a primeira foi o lançamento do single Quebra-cabeças, no último dia 18 de junho, data em que se comemora o Dia Mundial do Orgulho Autista; em seguida, Ilus disponibilizou a faixa Verdades Mortais nas plataformas digitais, em 30 de junho.

Após o lançamento de Canto Vadio, o álbum completo irá para as redes em 28 de julho, juntamente com o single Ogiva.

No dia 20 de julho, às 20h, a cantora vai promover uma audição coletiva do álbum no auditório do Centro de Artes da Ufes – Cemuni IV, com vagas limitadas.


Camaleônica
Artista multilinguagem, Ilus foi diagnosticada há dois anos com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e propõe em sua obra um olhar sobre a realidade desse segmento da sociedade, sempre sob o prisma da equidade social e o respeito às diferenças.

Camaleônica, ela transita com desenvoltura pelo canto lírico e popular, em óperas, na poesia e nos palcos. Quem acompanha seu trabalho na cena cultural de Vitória certamente já a viu interpretando blues, jazz, música eletrônica e funk feminista, entre outros gêneros musicais. Em seu novo álbum, a artista une a sua voz potente ao violão sensível de Cris Bravin.

“Esse é um trabalho nosso. Conheci a Cris numa atividade acadêmica em que ela, por intermédio de uma professora nossa, se propôs a tocar comigo na Mostra de Profissões da Ufes. Tivemos uma sintonia muito forte. Ela é muito talentosa e compreende rapidamente os afetos que quero passar nas músicas. Eu proponho uma coisa e ela já compreende e transforma em som. Esse trabalho é um dueto e essa parceria é muito forte”, descreve Ilus.

Musicalmente, as canções do álbum Natureza Líquida se situam entre tensão e relaxamento, ira e delicadeza, caos e serenidade, angústia e inquietação. Ilus apropria-se do Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade – que defende a ideia de um país miscigenado, que “devora” outras culturas do estrangeiro, devolvendo-as ao mundo à sua maneira – para elaborar a sua criação artística.

 “Natureza Líquida é uma fase musical mais introspectiva, que registra um amadurecimento em relação ao meu processo composicional. Eu queria muito fazer um álbum que tivesse uma sonoridade mais próxima do rock dos anos 1980, ao mesmo tempo em que também bebesse de outras fontes, como a música popular brasileira e a trilha sonora com uma pegada mais fantástica. De certa forma, acabei criando uma sonoridade muito própria, que une as músicas, ainda que em ritmos diferentes”, observa a cantora.

Autora de dois livros, ela compreende a palavra como força motriz de sua arte: “A letra ainda guia todos os afetos. Com certeza é a parte da música que mais me atenho, pois, para mim, o poema é a palavra em forma de arte. Tem som, tem ritmo, mas também é capaz de dizer o que o discurso não consegue. O poema abarca os sonhos, os desejos e as flutuações”.

O álbum de Ilus terá audição coletiva no próximo dia 20. (FOTO: Melina Furlan)
Espectro autista
Desde que foi diagnosticada com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), Ilus passou a se engajar na luta por direitos e acessibilidade para este segmento da população.

A cantora faz palestras sobre o modo de vida das pessoas autistas e é uma das administradoras do Adultos no Espectro, plataforma de soluções em saúde mental que conta com mais de 25 mil seguidores no Instagram. 

O diagnóstico significou um novo começo na sua vida, inspirando composições movidas pelo desejo de afirmação e que expressam a sua visão da arte como instrumento de transformação social.

“Sou uma pessoa que luta por um mundo mais gentil, onde as pessoas tenham direito de ser quem são e, dessa forma, serem respeitadas, valorizadas e terem espaço à cidadania plena. E quando me descobri sendo uma pessoa autista, não poderia deixar de abraçar essa luta também no meu trabalho”, reitera.


Acompanhe os lançamentos de Ilus:
Quebra-Cabeças - 18 de junho (domingo) - Dia Mundial do Orgulho Autista
Verdades Mortais - dia 30 de junho (sexta-feira)
Canto Vadio - dia 14 de julho (sexta-feira)
Ogiva + Álbum completo Natureza Líquida - dia 28 de julho (sexta-feira)
Onde ouvir: plataformas digitais Spotify, Deezer, Apple Music, YouTube Music

Audição coletiva do álbum Natureza Líquida
Data e horário: 20/jul (quinta-feira), às 20h
Local: Estúdio de Música da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), no campus de Goiabeiras, Vitória
Entrada: Gratuita
Vagas: limitadas e sujeitas à capacidade do espaço
 
Ficha técnica
Álbum: Natureza Líquida
Faixas: 9
Data de lançamento: 28 de julho (álbum completo nas plataformas)
Compositora e intérprete: Ilus
Produção musical: Ilus e Daniel Tápia
Violão: Cris Bravin
Gravação: Estúdio de Música da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)
Engenharia de gravação: André Akira, Marco Cavalca e Daniel Tápia
Mixagem e masterização: Daniel Tápia

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