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Iúna, Piaçu e Vitória: a história de Gizelly Bicalho, capixaba que participou do BBB 20

Uma entre os sete finalistas do principal reality show do Brasil saiu do interior do Espírito Santo, mais precisamente o distrito de Piaçu, no município de Muniz Freire, e ganhou algumas das principais manchetes das páginas de entretenimento nacional. Ela ficou confinada no Big Brother Brasil 20 (TV Gazeta/Globo), sendo a 14ª eliminada.

Estamos falando de Gizelly Bicalho Abreu, advogada criminalista de 28 anos, que nasceu na verdade em Iúna, no dia 16 de outubro de 1991, mas foi criada na cidade vizinha no Sul do Espírito Santo. Atualmente a jovem mora em Jardim da Penha, em Vitória.


Gizelly Bicalho em registro de antes de participar do BBB 20. (FOTO: Divulgação)
A vigésima temporada do programa começou a ser exibida no dia 21 de janeiro e terminou na última segunda-feira (28).

Gizelly, ou Gigi Furacão, como é conhecida pelos amigos, se considera pavio curto, e antes de entrar na casa mais vigiada do Brasil, classificou sua vida amorosa como "um desastre" e que foi em uma cartomante para saber quando iria "desencalhar".

Em sua carreira, é formada em Direito desde 2015, pelo Centro Universitário São Camilo, tendo passado antes pela Universidade Vila Velha (UVV). Fez um Tribunal do Júri, que é um dos maiores desafios para quem atua na área criminalista.

Foi estagiária em uma delegacia de Muniz Freire e no Tribunal de Justiça do Estado, e depois de formada iniciou uma sociedade com uma amiga em um escritório de advocacia na capital capixaba.


Gizelly atuando como advogada criminalista. (FOTO: Arquivo pessoal)
Família
É bem delicado falar da família de Gizelly. Aos 6 anos de idade ela perdeu o pai, Osmir de Sales Abreu, assassinado. O crime foi cometido em julho de 1998, mas até hoje é um mistério: ninguém foi julgado e condenado.

Segundo o jornal carioca Extra, Márcia Machado, mãe de Gizelly conta que o esposo estava trabalhando no escritório em Iúna. Ele estava ao telefone, quando bandidos o surpreenderam e dispararam contra ele. O barulho do tiro foi tão grande que a pessoa que estava do outro lado da linha escutou.

Os pais de Gizelly plantavam e comercializavam café, atividade comum na região. A mãe conta ao Extra que sua filha era "muito esperta" e mesmo criança soube que algo havia acontecido com seu pai. "Chegaram uns carros com funcionários e até os médicos para darem a notícia. Quando a Gizelly ouviu a palavra 'funerária' ela começou a falar: 'meu pai não está só machucado, ele morreu'. No dia seguinte, ela me perguntou: 'Mãe, eu nunca mais vou falar a palavra pai?'", relembra.

Osmir Sales com a filha Gizelly: capixaba teve de superar tragédia na infância. (FOTO: Arquivo pessoal)
Pai e filha eram muito apegados e ele gostaria que ela fosse médica. Osmir disse uma vez que se algo acontecesse com sua vida, era para que a esposa e Gizelly fossem morar na casa dos sogros dele.  Foi o que ocorreu após a tragédia. Com a morte do provedor da casa, as dificuldades financeiras surgiram.

Márcia conta: "As coisas foram acabando… Me desfiz de terreno para bancar os estudos dela. Em outro momento, precisei vender um carro para pagar uma mensalidade da faculdade. Os cursos que ela precisava fazer também. Meus pais me ajudavam quando apertava. Isso para nunca deixar a peteca cair", lembra a mãe de Gizelly. "Ela também se dedicava, eu via nela aquela pressão para dar certo. Como se tivesse que retribuir o que fazíamos", reconhece.

Gizelly optou pela carreira de advogada criminalista, mas sua mãe não acredita que a escolha tenha sido motivada pela perda do pai na infância: "O negócio dela é defender as pessoas e evitar injustiças; não acusar", finaliza.

Amigos e lazer
Com os amigos, já morando em Vitória, alguns dos principais points frequentados por Gizelly são a famosa Rua da Lama, em Jardim da Penha, e o Triângulo, na Praia do Canto. Em vários registros de passeios da capixaba, alguns dos cenários são o Morro do Moreno, Praia da Costa e o Convento da Penha, ambos em Vila Velha, e a praia da Ilha do Boi, em Vitória.


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