O Rock In Rio é muito mais do que um megaevento: representa um marco geracional e comportamental no País. O jornalista José Roberto Santos Neves acompanhou de perto as atrações do Rock In Rio por um Mundo Melhor, em janeiro de 2001, e traz agora o registro daquela cobertura histórica no livro Diários do Rock In Rio - Os bastidores e entrevistas da terceira edição do maior festival de música do mundo pelo olhar de um jornalista capixaba, pela Editora Cândida.
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José Roberto Santos Neves lança o livro com bastidores da cobertura do Rock In Rio por um Mundo Melhor. (FOTO: Daniella Spadeto) |
No dia 14 de setembro, o autor vai apresentar a obra em edição especial da Vilazinha Feira Hype, comemorativa aos 40 anos do Rock In Rio, das 15 às 20 horas, na Pousada VilaZinha, na Prainha de Vila Velha.
Realizada em 2001, a terceira edição do Rock In Rio marcou o retorno do festival à Cidade do Rock, dez anos depois da versão que utilizou como palco o Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã.
Consciente da força de sua marca, o Rock In Rio desenvolveu um potente projeto social a bordo da campanha “Por Um Mundo Melhor”. Durante três minutos, 98 milhões de pessoas uniram-se em silêncio para desejar melhorias à vida cotidiana. A partir daquela edição, parte da renda do festival passou a ser destinada a projetos sociais.
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O jornalista e escritor exibe a obra: registro da cobertura do megaevento em 2001. (FOTO: Daniella Spadeto) |
Ao todo, mais de 150 artistas e 1,235 milhão de pessoas acompanharam o festival, considerado como um divisor de águas na indústria do entretenimento.
Viagem no tempo
Em 120 páginas, valendo-se de textos inéditos e do resgate das matérias e imagens de época, José Roberto Santos Neves propõe ao leitor uma viagem no tempo, relacionando o Rock In Rio Por Um Mundo Melhor com as transformações ocorridas no mercado musical, nas comunicações e no mundo ao longo das duas últimas décadas.
“A terceira edição do Rock In Rio foi um marco por ter sido a primeira a contemplar a preocupação ambiental, o advento da Internet e o desenvolvimento da comunicação digital para ampliação do contato com o público”, afirma José Roberto.
A capa do livro Diários do Rock In Rio. (FOTO: Divulgação) |
Este olhar multifacetado em torno de diferentes culturas, ritmos e linguagens artísticas contribuiu para a construção de uma visão empresarial que se mantém atual nesse segmento.
Afinal, no festival daquele ano dividiram as atenções do público o heavy metal do Iron Maiden e a febre das boybands, o rock sessentista de Neil Young e o pop experimental de Beck, a MPB de Gilberto Gil e Milton Nascimento, juntamente com o histórico embate entre o rock norte-americano e o britânico – representados, respectivamente, por Guns N’ Roses e Oasis.
Em 2001, lembra José Roberto, vivia-se a transição do mundo analógico para o mundo digital. “Havia o pânico coletivo provocado pelo ‘Bug do Milênio’, que não se consolidou. E a indústria fonográfica assistia à ruína de seu antigo modelo de negócios diante do advento do MP3 e do crescimento avassalador da distribuição de música digital”, descreve.
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Show da banda 'N Sync no Rock In Rio, em 2001. (FOTO: Guerreiro/Reprodução/Site Rock In Rio) |
Entre as curiosidades daquela cobertura, o autor cita a concorrida coletiva de imprensa da banda britânica Iron Maiden, que surpreendeu os jornalistas ao anunciar a presença do lendário guitarrista do Led Zeppelin, Jimmy Page.
As provocações do guitarrista do Oasis ao Guns N’ Roses e a irritação do líder do Foo Fighters, Dave Grohl, diante da pergunta de um jornalista sobre o Nirvana também estão entre os bastidores contados pelo jornalista.
No último capítulo, José Roberto revela a motivação para registrar em livro tudo o que viu naquela edição do festival.
“Todo repórter que se preza sonha em cobrir um grande evento na sua área, seja nas artes, na música, no esporte, na política, no turismo, na saúde, na tecnologia, na religião, nas festas populares. O que me move nesta obra é transportar o leitor para a atmosfera emocional de um festival que colocou o Brasil no mapa dos grandes shows internacionais, a partir do foco na reportagem e no rock como atitude e identidade cultural”, revela.
“Diários do Rock In Rio é uma visita à efervescente virada do século, mas também nos mostra como algumas das pretensões do festival, como os apelos pelo respeito à natureza e a expectativa por um mundo melhor, ainda estão presentes nos dias atuais. José Roberto Santos Neves nos traz esse cenário com a atenção aos detalhes e a precisão nos relatos, marcas do trabalho de quem tem uma brilhante carreira como jornalista e que se revela, a cada obra publicada, um excelente escritor”, destaca o jornalista Antonio Carlos Batista Leite.
“Diários do Rock In Rio – Os bastidores e entrevistas da terceira edição do maior festival de música do mundo pelo olhar de um jornalista capixaba”
Autor: José Roberto Santos Neves
Número de páginas: 120
Editora: Cândida
Preço de capa: R$ 50
Onde adquirir: Site da Editora Cândida
Eventos de lançamento:
Vitória
Data e horário: 4/set (quarta-feira), das 19h às 21h
Local: Biblioteca Pública do Espírito Santo Levy Cúrcio da Rocha - Av. João Batista Parra, 165, Enseada do Suá, Vitória
Vila Velha
Data e horário: 14/set (sábado), das 15h às 20h, no evento Vilazinha Feira Hype - Tema Rock In Rio 40 Anos
Local: Pousada VilaZinha - Rua Vinte e Três de Maio, 120, Prainha, Vila Velha
Apresentação musical: Kinho Sucupira
Entrada: Gratuita
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