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Lançado em Santa Teresa o filme “Nos Arquivos de Ruschi”, resgatando acervo e histórias pouco conhecidas

O lançamento do filme Nos Arquivos de Ruschi e a inauguração do Mural da Mata Atlântica aconteceram na última sexta-feira (18) no Museu de Biologia Professor Mello Leitão, em Santa Teresa, como parte da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA).

O documentário Nos Arquivos de Ruschi, dirigido por Lucas Bonini e Alyne Gonçalves, explora o acervo pessoal do cientista Augusto Ruschi, revelando histórias e personagens pouco conhecidos do público. Em breve, o filme, que tem 19 minutos, será disponibilizado de forma on-line.

Augusto Ruschi é considerado o Patrono da Ecologia no Brasil. (FOTO: Acervo/Divulgação)
O documentário é uma oportunidade única de aprofundar o conhecimento sobre o legado do renomado naturalista, fundador do Museu de Biologia Professor Mello Leitão e Patrono da Ecologia no Brasil.

“O documentário é um registro fundamental sobre o arquivo de Ruschi, que deve ser amplamente divulgado. Além de mostrar o que já foi feito, abre caminhos para o que ainda pode ser feito”, destaca o diretor do INMA, Sérgio Lucena Mendes.

Ruschi
Natural de Santa Teresa, Ruschi (1915-1986) destacou-se por sua extensa pesquisa sobre beija-flores e orquídeas, além de sua incansável dedicação à conservação da natureza. Seu trabalho deixou marcas na ciência e na proteção ambiental do País, sendo uma das vozes mais influentes em prol da Mata Atlântica.

O filme resgata aspectos menos conhecidos de sua vida e obra, por meio de registros como fotografias, cartas e jornais, oferecendo uma nova perspectiva sobre o impacto de Ruschi na história da ciência e da ecologia.

Augusto Ruschi estampou notas de 500 cruzados novos. (FOTO: Reprodução internet)
O documentário é uma realização da Associação de Amigos do Museu de Biologia Mello Leitão (Sambio), com patrocínio da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura e da prefeitura de Santa Teresa.

A produção também contou com o apoio do núcleo de História das Ciências do INMA, responsável pela organização e preservação do acervo de Ruschi.

Alyne Gonçalves, historiadora e pesquisadora do INMA, possui graduação, mestrado e doutorado em História pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e se dedica às áreas de História Ambiental, História das Ciências e organização de arquivos pessoais de cientistas.

Lucas Bonini, produtor audiovisual independente, é formado em publicidade pela Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo (ESPM-SP) e na escola internacional Miami Ad School, já realizou diversas curtas-metragens e produtos audiovisuais.

Foi inaugurado o Mural da Mata Atlântica. (FOTO: Divulgação/INMA)
Mural da Mata Atlântica
Com 20 metros de largura e 3,15 metros de altura, o Mural da Mata Atlântica foi criado pelo artista Willer Bontempo e representa a rica biodiversidade da Mata Atlântica e as pesquisas realizadas no INMA.

O imenso painel foi pintado no muro externo do Museu Mello Leitão, podendo ser visto por todas as pessoas que passam pela avenida José Ruschi.

O artista, que tem 25 anos de experiência em arte, utilizou a técnica de pontilhismo. Bontempo enfatiza que o conceito e a composição da obra foram elaborados a partir de conversas com pesquisadores do INMA, mostrando o diálogo entre arte e ciência na criação de uma peça tão significativa.

“Minha maior preocupação foi a escolha das cores e o estilo do desenho, no intuito de cativar os públicos infantil e jovem”, relata o artista, revelando sua intenção de tornar a arte acessível e atraente para diferentes faixas etárias.

A obra de arte a céu aberto, além de tornar-se um atrativo a mais da cidade, tem como objetivo sensibilizar a população teresense e os turistas sobre a importância da conservação da Mata Atlântica.

A obra promove uma conexão entre a arte e a ciência, incentivando a reflexão sobre a conservação do bioma e da biodiversidade que ele abriga.

“O mural evidencia a preocupação do INMA com a conservação da Mata Atlântica, o bioma mais ameaçado do Brasil e um dos mais importantes do mundo”, destaca o diretor do INMA.

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