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Delírio Tropical agita o verão de Vila Velha com mais de 80 atrações musicais gratuitas

Uma moqueca quente e borbulhante da alma capixaba, onde ritmos, cores e sabores se encontram para criar uma festa de tirar o fôlego.

Assim pode ser definida a quarta edição do festival Delírio Tropical, que vai agitar a Arena de Verão da Prefeitura de Vila Velha, entre 15 e 26 de janeiro, com mais de 80 atrações de diversos estilos musicais.

A banda Dead Fish é atração no dia 24 de janeiro. (FOTO: Reprodução/Instagram)
Com programação totalmente gratuita, o festival acontecerá na orla de Itapuã, em Vila Velha, reunindo apresentações musicais, vila gastronômica, feira criativa e atrações para o público infantil.

O espaço será totalmente acessível, com equipe de acessibilidade disponível durante todo o evento, que é considerado um dos maiores festivais de música regional do País.

As mais de 80 atrações que compõem a programação foram selecionadas por uma comissão avaliadora, de acordo com critérios que envolvem qualidade técnica, tempo de carreira, experiência e bagagem cultural, representatividade e descentralização/democratização do acesso à cultura.

Música regional
Entre os destaques do Delírio Tropical estão as bandas Supercombo, Dead Fish e o cantor e compositor mineiro Zé Geraldo, que fará uma participação especial no show do capixaba Sandrera.

Sandrera receberá Zé Geraldo no palco em seu show. (FOTO: Angelo Venturim)
Tanto Supercombo quanto Dead Fish iniciaram a carreira no Espírito Santo, alcançando projeção nacional em seus respectivos segmentos.

Um dos principais nomes da cena independente brasileira, o Supercombo nasceu no Espírito Santo em 2007, e no ano seguinte fixou suas atividades em São Paulo, construindo uma carreira bem-sucedida que soma seis álbuns de estúdio e três EPs virtuais.

O Dead Fish, por sua vez, tornou-se referência no hardcore brasileiro, em função da sua potência musical e do posicionamento político de seus integrantes em defesa da justiça social.

Formada em Vitória, em 1991, e radicada em São Paulo, a banda tem 11 álbuns de estúdio e quatro registros ao vivo, incluindo MTV Apresenta: Dead Fish (2004).

Outras participações aguardadas no festival são o show do rapper Jota 3 com o vocalista do Planet Hemp (RJ), BNegão (RJ), e a homenagem da banda Aurora Gordon aos Mamíferos, grupo seminal que movimentou a cena autoral capixaba entre o final dos anos 1960 e início dos 1970.

O rapper Jota 3, que se apresentará com BNegão. (FOTO: Divulgação)
Viagem pela história da música capixaba
O caldeirão sonoro incluirá pop, MPB, samba, rock, reggae, axé music, funk, rap, hardcore, blues, surf music, forró, ritmos eletrônicos e a ancestralidade da cultura popular do Estado, representada pelas bandas de congo de Mestre Honório, Tambor de Jacaranema, Mestre Alcides, Raízes e Beatos de São Benedito.

A curadoria do festival elaborou palcos temáticos para cada dia de evento, com o objetivo de promover os diversos elementos que formam a identidade cultural capixaba.

Assim, o dia 16 virá embalado pelo tema “90-2000 – Cultura Canela Verde e o Rockongo”; no dia 17, “Identidade Capixaba Anos 90-2000 – Rock alternativa, Reggae e Rockongo”; no dia 18, “O Axé e o Samba do Espírito Santo”; e no dia 19, “Reggae, Samba-rock e Pop-rock”.

A segunda semana de festival traz, no dia 23, o palco “Anos 60-80 – MPB Jazz & Tropicália Capixaba”; no dia 24, “2010 – 2020 – Pop, Nova MPB e Lo-fi”; e no dia 25, “2010-2020 -  Cultura Urbana, Pop, Samba e Rap/Hop”.

O encerramento será no dia 26 de janeiro com o palco “Identidade Capixaba 90-2000 – RockCongo e Hardcore”, em homenagem ao Dia D, festival que marcou época na cena cultural do Espírito Santo entre 1999 e 2002.

Dessa forma, o Delírio Tropical promove uma viagem pela história e pelos diferentes personagens e movimentos que pavimentaram a cena musical capixaba desde a década de 1960 até a contemporaneidade.

A banda Casaca em apresentação na edição de 2024 do festival. (FOTO: Divulgação)
Ecossistema cultural capixaba
Para Vincenzo Guizzardi, membro da direção geral do festival, o Delírio Tropical tem entre os seus principais objetivos o fomento do consumo da música local, dentro do cenário do entretenimento.

“Nossa programação é pensada de modo a contribuir para os capixabas se tornarem consumidores da música produzida em seu território”, afirma Guizzardi.

“Faz parte do escopo do Delírio Tropical corroborar junto ao ecossistema cultural capixaba para que artistas locais não tenham que buscar outras praças, ou estados, para que possam expressar e expor seu trabalho com dignidade e qualidade. O nosso estado necessita ser a casa dos nossos artistas, e não somente um exportador da nossa cultura”, observa.

A partir desse olhar, o Delírio Tropical cumpre importante papel na valorização de músicos que trabalham com composições autorais, ressalta Sullivan Silva, integrante da direção geral do festival.

“Muitas pessoas do Espírito Santo ainda não conhecem a importância dos compositores capixabas. Este projeto tem o propósito de contribuir para a exaltação dos músicos autorais, estimulando, possivelmente, o surgimento de novos compositores que tenham a inspiração e a imaginação como motor de sua criação artística”, destaca.

O evento tem patrocínio do Carone, Banestes e Deceldorado, apoio do Sebrae, Farmácia Mônica e Schweppes Mixed, e conta com o apoio institucional da Prefeitura de Vila Velha. A Therezópolis é a cerveja oficial do evento.

A produção é de A Selva e GZZ.ART, com realização da Puri Produções, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura (MinC).

Festival Delírio Tropical
Data: de 15 a 26/jan
Local: Arena de Verão - Av. Antônio Gil Veloso na altura da Av. Jair de Andrade, Praia de Itapuã, Vila Velha
Entrada: Gratuita

A programação completa:
- 15/jan (quarta-feira)
Programação infantil
16h - DJ Residente
17h30 - Grupo Estripolia
19h30 - Macakids

- 16/jan (quinta-feira)
Conceito: Anos 90-2000 – Cultura Canela Verde e o Rockongo
17h - DJ Residente: Dani B
17h30 - Banda de Congo Mestre Honório da Barra do Jucu
18h - Intóxicos part. Dona Fran
20h - Gastação Infinita part. Caju e Lore Dalvi
22h - Sandrera part. Zé Geraldo e Bruno Caliman

- 17/jan (sexta-feira)
Conceito: Identidade Capixaba Anos 90-2000 – Rock alternativo, Reggae e Rockongo
15h30 - DJ Residente: Negana
16h - Roça Nova part. Zé Maholics
17h20 - Rodrigo CX part. Plantada
18h40 - Rastaclone
20h40 - Lordose pra Leão
22h30 - Supercombo

- 18/jan (sábado)
Conceito: Anos 90-2000 – O Axé e o Samba do Espírito Santo
9h30 - DJ Residente: Sista Ilú
10h - Projeto Feijoada
12h - Banda de Congo Tambor Jacaranema
12h30 - Bloco Balança Penha
13h30 - Ada Koffi part. Anastácia
15h - Diego Lyra part. Orquestra Ammor
17h - Clube do Samba
20h - Sambasoul part. Frazão
22h - Andrea Nery

- 19/jan (domingo)
Conceito: Anos 2000 - Reggae, Samba-rock e Pop-rock
DJ Residente: Maré Selectah
10h - Regional da Nair
12h - Banda de Congo Mestre Alcides
13h - Makossa (Caio Metteoro e Anderson Ventura)
14h45 - Gabriela Brown part. Mallu
16h30 - Macucos & Convidados
18h30 - Xá da Índia part. Di Mello
20h30 - Jota 3 part. BNegão

- 22/jan (quarta-feira)
Programação infantil
16h - DJ Residente
17h30 - Grupo Campanelli
19h30 - Maria Clara e JP

- 23/jan (quinta-feira)
Conceito: Anos 60-80 – MPB Jazz & Tropicália Capixaba
16h30 - DJ Residente: Karine e as Bolachas
18h30 - Carlos Papel & O Quarto Crescente part. Alexandre Borges
20h - Aurora Gordon part. Paulo Branco & Os Mamíferos
22h - Casaca

- 24/jan (sexta-feira)
Conceito: 2010 – 2020 – Pop, Nova MPB e Lo-fi
15h30 - DJ Residente: Carol Vargas
15h55 - Vitu & Moreati part. Ronnie Silveira
17h30 - Maré Tardia
19h - Roberta de Razão part. Ury Vieira
20h30 - Pé do Lixo
22h30 - Dead Fish

- 25/jan (sábado)
Conceito: 2010-2020 -  Cultura Urbana, Pop, Samba e Rap/Hop
9h30 - DJ Residente: Marilds
10h - Átilla & Já Gamei
9h55 - Banda de Congo Raízes
14h - Bloco Sambaju
16h - Elaine Augusta part. Samba do Nill
17h - Luiza Andrade part. Comichão
19h - Dub’s Ruy part. André Prando & Léo Abreu (JahRuda)
20h30 - Herança Negra part. Pedro Perez
22h - PTK
22h30 - Jefinho Faraó & Funk Retrô part. MC Flavinho

- 26/jan (domingo)
Conceito: Identidade Capixaba 90-2000 – RockCongo e Hardcore (Homenagem ao Dia D)
9h30 - DJ Residente: Larissa Tantan
10h - Leozinho & convidados
13h - Banda de Congo Beatos de São Benedito
14h - Bateria da MUG
15h30 - Bela Mattar part. Mariana Coelho
17h30 - Samba Crioulo
20h - Flávia Mendonça part. Fernanda Pádua
 
Orientações para o público
O que pode levar: documentos pessoais; acessórios como óculos escuros, chapéu ou boné, mochila ou bolsa; filtro solar; remédios com laudo/prescrição médica; copos exceto vidro; e cadeira de praia. O festival orienta o público a levar copos reutilizáveis (de plástico ou alumínio), com pelo menos 500ml, sem gerar lixo extra. Copos de vidro não serão permitidos.

O que não pode levar: objetos pontiagudos, cortantes e/ou perfurantes, vidro, armas de fogo e armas brancas; quaisquer objetos de vidro; correntes e cinturões; fogos de artifício; e substâncias inflamáveis, corrosivas e/ou tóxicas.

Proteção para as crianças:
Nas quartas-feiras haverá uma programação especial para as crianças e, por conta disso, a coordenação do festival fará a distribuição das pulseiras de identificação para os pequenos, com informações sobre os responsáveis.

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