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Manoela Ferrari surpreende público em palestra na Flic

A escritora e jornalista Manoela Ferrari presidiu a palestra "A Potência das Biografias na Narrativa Cultural do Estado", na última sexta-feira (24), no auditório do CCE, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). O evento faz parte da programação da Feira Literária Capixaba (Flic-ES), que acontece em Goiabeiras, Vitória.

Manoela Ferrari durante a palestra na Feira Literária Capixaba, em Vitória. (FOTO: Gustavo Andrade/OMMC)
Para realizar a palestra, a capixaba radicada no Rio de Janeiro utilizou a biografia da pianista Sônia Cabral, intitulada Sinfonia de Sônia (2016), de sua autoria, para mostrar o passo a passo desde as pesquisas e o processo de apresentação da personagem biografada nas páginas da obra literária, alinhando com fatos históricos da época e da música erudita.

Manoela destacou que Sônia tem muito em comum com a homenageada da feira, Judith Leão Castello Ribeiro. As duas foram professoras de grandes marcos na educação e na cultura do Espírito Santo, sendo pioneiras em muitas das situações que estão na história do Estado.

Já no fim da palestra, a escritora homenageou a todos os professores com uma frase do Doutor Chagas: "Qual de nós não deve a vida a uma professora?". Em seguida, Manoela surpreendeu grande parte do público ao revelar que Sônia Cabral é na verdade mãe dela. Estiveram presentes nomes como o jornalista e escritor José Roberto Santos Neves, a diretora da feira Renata Bomfim, e o pai da palestrante e jornalista Marilio Cabral.

Durante a palestra da escritora e jornalista, ela revelou que Sônia Cabral é sua própria mãe. (FOTO: Gustavo Andrade/OMMC)
Manoela Ferrari falou sobre ter isenção para escrever a biografia. "Eu só poderia fazer essa história da minha mãe definindo como foco narrativo a isenção total, me despindo da personagem de filha e vestindo a jornalista para escrever e a escritora para não ficar um currículo", contou.

Sônia Cabral
A pianista Sônia Cabral formou-se na primeira turma do curso de bacharelado em piano da Escola de Música do Espírito Santo (Emes) em 1974. Logo depois cursou pós-graduação no Rio de Janeiro. Fundou a Orquestra Filarmônica do Espírito Santo, hoje Orquestra Sinfônica (Oses). 

Foi também diretora da Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames), tendo sido responsável durante 20 anos por toda a programação de música erudita no Estado. Em toda sua vida contribuiu para o desenvolvimento da cultura e principalmente da música capixaba. Faleceu na madrugada de 13 de fevereiro de 2012, aos 68 anos, após batalha contra o câncer de pulmão durante oito anos.

Em 2016, foi homenageada ao dar nome ao Palácio da Cultura, inaugurado no mesmo ano, após reformas na antiga sede da Assembleia Legislativa, como o novo espaço cultural da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), dedicado a apresentações artístico-culturais.

Novo livro de Manoela
Manoela Ferrari lançou recentemente sua novo livro Ilha do Frade – Paraíso Capixaba, que apresenta registros históricos do bairro, que fica numa das nobres ilhas de Vitória. A décima obra da escritora e jornalista teve noite de autógrafos na capital capixaba com presença do pai Marilio Cabral, e do escritor e acadêmico da Academia Brasileira de Letras, Arnaldo Niskier.

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